Preços globais do arroz estáveis com maior oferta
Em abril, os preços mundiais do arroz subiram novamente em um mercado sob pressão. Embora não houvesse demanda de importação significativa, o mercado passou por uma pequena crise durante a primeira quinzena do mês, quando o Vietnã e, mais tarde, a Índia, anunciaram a suspensão de contratos de exportação para evitar escassez nos mercados domésticos e, também, devido a problemas logísticos para encaminhar o arroz para os portos de embarque. A retomada de suas exportações, embora um pouco limitada, contribuiu para acalmar os preços internacionais, marcando um declínio, a começar pelos preços da Tailândia, sob forte pressão entre meados de março e abril.
Graças a uma oferta mais diversificada, países importadores como Filipinas e Malásia esperam efetuar compras expressivas. Assim, as Filipinas planejam comprar 1,2 milhões de toneladas nos próximos dois meses, parte dos quais estariam sob um contrato público (G2G) com o Vietnã e o restante em uma licitação lançada aos principais exportadores asiáticos. A China, por sua vez, que poderia ter desempenhado um papel ativo como reguladora no mercado mundial, concentra-se em seu mercado interno.
As autoridades chinesas decidiram reavaliar os preços ao produtor, pela primeira vez desde 2014, para dar novo impulso à produção local e, assim, se expor o menos possível a choques nos mercados internacionais. Essa reação, que é bastante normal em tempos de altas incertezas sanitárias e econômicas, não seria um caso único. Vários países importadores estão adotando estratégias semelhantes ou tendem a reduzir as compras de arroz. Consequentemente, a FAO revisou suas previsões para o comércio mundial para 44,5 milhões de toneladas em 2020 contra as 45,1 milhões de toneladas previstas anteriormente. O consumo mundial também pode diminuir e atingir 112 milhões de toneladas em 2020, contra 113,4 milhões de toneladas previsto em março passado.
Na Índia, os preços do arroz subiram 2% em relação a março. Mas, o aumento dos preços surgiu realmente na segunda metade do mês, marcando 10% a mais em relação ao início do mês. São os preços mais altos nos últimos doze meses. Essa valorização ocorreu após o anúncio do retorno ao mercado de exportação e o forte interesse dos importadores asiáticos e africanos pelo arroz indiano. Apesar desse aumento, os preços indianos permanecem muito competitivos em relação aos preços tailandeses. Em abril, o arroz indiano 5% esteve cotado a US$ 364,00 por tonelada FOB contra US$ 358,00 por tonelada em março. Em maio, os preços estão em US$ 370,00 por toneladas. O arroz indiano 25% subiu para US$ 346,00 por tonelada ante US$ 339,00 por tonelada anteriormente, tendendo a se estabilizar em US$ 350,00 por tonelada em maio.
Na Tailândia, os preços de exportação subiram 15% em um mês. Mas, desde o anúncio da retomada das vendas no Vietnã e na Índia em meados de abril, os preços estão em viés baixista. A demanda por arroz tailandês diminuiu porque os preços ainda são muito altos em relação aos preços indianos e vietnamitas. A vantagem que teve a Tailândia, graças às limitações de seus concorrentes, durou pouco. As exportações em abril atingiram 500.000 toneladas, um pouco acima da média mensal observada desde o início do ano. Em abril, o arroz 100% B teve uma média de US$ 559,00 por tonelada contra US$ 477,00 por tonelada em março. No início de maio, o preço já estava abaixo de US$ 500,00 por tonelada, depois da máxima de US$ 580,00 por tonelada em meados de abril. O Thai parabolizado também subiu para US$ 549,00 por tonelada contra US$ 471,00 por tonelada anteriormente. O preço do A1 Super quebrado aumentou, porém mais lentamente, para US$ 424,00 por tonelada contra US$ 402,00 por tonelada em março. A redução nos preços tailandeses deve continuar podendo retornar aos níveis do início do ano.
No Vietnã, os preços de exportação aumentaram novamente 12% em um mês. As exportações voltaram ao normal, mesmo que tenham sido impostas cotas para vendas externas durante o mês de abril. O Vietnã foi pressionado por seus compradores tradicionais, aos quais deveriam ser dados sinais de confiança, começando pelas Filipinas, cujas reservas são bastante baixas e os preços domésticos tendem a subir. A redução das exportações vietnamitas, devido também a problemas logísticos nas áreas de produção, teria afetado as vendas em abril, estimadas em 400.000 toneladas, contra 655.000 toneladas em março de 2020 e 726.000 toneladas em março de 2019. A China também elevou sua demanda por arroz do Vietnã. Em abril, o Viet 5% esteve cotado a US$ 456,00 por tonelada contra US$ 409,00 por tonelada em março. O Viet 25% subiu para US$ 431,00 por tonelada contra US$ 394,00 por tonelada anteriormente. Em maio, os preços permanecem firmes.
No Paquistão, os preços do arroz aumentaram em média 13% em abril. Os preços também estiveram sob pressão da demanda de importação para compensar a ruptura temporária da Índia e do Vietnã. Mas, o país não está estruturalmente pronto para responder à demanda potencial de grandes importadores asiáticos, como Filipinas e Malásia, cujas necessidades imediatas excedem a disponibilidade atual do Paquistão. Em abril, o Pak 25% foi negociado a US$ 395,00 por tonelada contra US$ 351,00 por tonelada em março. Em maio, os preços tendem a se estabilizar.
Nos Estados Unidos, os preços de exportação aumentaram 7%. Existe uma forte demanda dos países da América Central e do Caribe, que buscam fortalecer suas reservas de arroz. Em abril, as exportações atingiriam 300.000 toneladas contra 260.000 toneladas em março. As compras do México permaneceram firmes em cerca de 74.000 toneladas em abril, quase equivalente às compras do Japão. O preço indicativo do arroz Long Grain 2/4 aumentou para US$ 628,00 por tonelada ante US$ 585,00 por tonelada em março. Em maio, o preço continua em viés altista, a US$ 645,00 por tonelada, o nível mais alto desde abril de 2013. Fonte: Informativo Mensal do Mercado Mundial de Arroz – CIRAD.
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