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Notícias

Novo ano comercial começa com pressão de oferta maximizada

por | mar 2, 2020 | Destaque, Notícias | 0 Comentários

 

Apesar do descarregamento bem trancado na Fronteira, a safra flui e beira os 10% de área colhida. Os preços caem de acordo com a oferta

Longas filas de caminhão e tempo de espera são vistos pelos produtores como estratégia artificial das indústrias para fazerem parecer que a oferta é maior do que a realidade.

Como já vínhamos divulgando a meses nos nossos relatórios de análises semanais, o mercado brasileiro do arroz abriu o novo ano comercial – de março de 2020 a fevereiro de 2021 – sob o impacto da oferta da colheita 2019/20 e com pressão sobre as cotações. O indicador de preços Esalq/Senar-RS demonstrou um recuo de 3,5% nas cotações de fevereiro. A saca de 50 quilos do arroz em casca, 58×10, depositado, no Rio Grande do Sul, equivale a R$ 49,53 na média estadual da última sexta-feira, dia 28 de fevereiro. Em dólar, US$ 11,03, a menor cotação do mês na moeda norte americana, que não parou de se valorizar frente ao real brasileiro, encerrando a semana cotada a R$ 4,48 por dólar.

A melhor cotação de fevereiro foi R$ 51,58, com valor equivalente a US$ 11,92.

Na semana de 26 a 28 de fevereiro, a média foi de R$ 49,43, mais de 50 centavos inferior à semana anterior. O período teve a menor média nas últimas seis semanas, que concentrou o pico da entressafra e de menor oferta. Abastecidas, as grandes empresas apostas no recebimento de produto por meio do pagamento de empréstimos via CPR, negociação direta e arroz a depósito, já que a lavoura é altamente deficitária em armazenagem. As compras têm sido concentradas no arroz verde, com deságio de até R$ 3,00 por bolsa. O arroz seco e limpo, da safra antiga, é mais valorizado por indústrias que têm um giro mais rápido do produto.

O Irga estima que apenas 7,4% da área semeada, ou 69.468 mil hectares, de um total semeado de 936.316 hectares estejam colhidos. Por hora, o rendimento médio é de 8.328 quilos por hectare, considerado bastante alto.

O problema é que com o decorrer do tempo existem lavouras que pegaram frio e excesso de calor. A produtividade tende a cair a cada dia a partir de agora é estimada para gerar uma produção total de 7,8 milhões de toneladas. No entanto, a safra do tarde, a que mais sofreu com a seca, com as dificuldades de manejo.

A expectativa do Irga é de que a colheita não passe de 932 mil hectares, considerando os volumes perdidos pelas intempéries e até as falhas de manejo que elas provocaram. E a produção deve ficar em torno de 7,3 milhões de toneladas, similar à temporada passada.

Isso deve gerar um enxugamento da oferta interna, que tem estoques praticamente nulos.Duas boas notícias aos produtores vêem do governo. A primeira é a confirmação de que o seguro agrícola para a próxima temporada vai ser o dobro dos valores atuais. A segun a é a liberação do pré-custeio, que permitirá ao produtor que tem acesso jogar mais pra frente a sua comercialização e escapar do momento de pressão baixistas sobre as cotações.

MERCOSUL 

No Mercosul o destaque é para o bom desempenho das colheitas argentina e paraguaia, que aumentaram ou recuperaram a sua produtividade. O Uruguai reduziu suas áreas um pouco mais, mas espera uma boa colheita, mesmo com os problemas do clima.

Em Santa Catarina tem chamado a atenção a disputa pelo produto entre as mais de 30 empresas do Sul do Estado, que tem pagado até R$ 50,00 pelo produto verde. Diferentemente do mercado gaúcho, o catarinense não se preocupa tanto com a qualidade de engenho, mas com a renda, um a vez que o produto é destinado em mais de 80% para parboilização. As cooperativas também não cobram limpeza e secagem e ainda oferecem bônus de R$ 1,50 por saco limpo e seco depositado na cooperativa, que poderá ser retirado como insumos.

No mercado internacional se nota a desvalorização do arroz nos principais player da Ásia, e também a redução dos embarques semanais dos Estados Unidos por conta do final dos estoques. Os norte-americanos devem começar a colher sua nova safra no final de junho. Na temporada passada houve uma quebra de 17%.

MÉXICO

Autoridades setoriais e governamentais brasileiras esperam para março o anúncio do fim da tarifa de quase 20% sobre a importação do arroz beneficiado do Brasil, levantada pelo México no final do ano. O Brasil está pagando 16%, o Paraguai 4%, enquanto Argentina e Uruguai têm taxa zero. No entanto, os uruguaios não estão conseguindo exportar para o México desde que houve um alerta sanitário deflagrado a partir da identificação de uma praga quarentenária num contêiner com arroz uruguaio que chegava ao México. Os uruguaios já afirmaram que a praga não existe no país e provavelmente estava no contêiner. Pirataria biológica não está descartada.

A missão brasileira que esteve reunida com os mexicanos na Embaixada do Brasil e em eventos, voltou entusiasmada com os resultados. O interesse dos compradores é evidente, tanto para arroz beneficiado quanto para o grão em casca. Entretanto, o lobby dos norte americanos, que dominam aquele mercado, é fortíssimo.

A expectativa dos brasileiros é entrar, anualmente, com 300 mil toneladas de arroz (base casca) no mercado mexicano. Eles importam mais de 900 mil toneladas por ano.

MERCADO

A Corretora Mercado de Porto Alegre indica preços médios de R$ 49,50 para a saca de 50 quilos do arroz em casca, padrão 58×10, colocado, e de R$ 115,00 para a saca de 60 quilos do arroz Tipo 1 beneficiados, FOB RS. O canjicão estacionou valorizado em R$ 69,50, fidelizado para os embarques para a África. Quirera está mantendo sua estabilidade em R$ 49,00. A tonelada do farelo de arroz manteve-se cotada a R$ 500,00.

PREÇO AO CONSUMIDOR

Os preços aos consumidores têm se mantido mais altos do que a média dos últimos anos. Variedades nobres para tipos “extra” têm obtido sobrevalorização, diante da expectativa de uma colheita com muitos grãos falhados e quebrados por causa das intempéries climáticas e as dificuldades de entrar com os tratos culturais no momento recomendado.

TENDÊNCIAS

A tendência é de que os preços médios do arroz em casca no Rio Grande do Sul se mantenham em queda durante o pico da safra, pelo menos até abril. Março, historicamente, é o mês das cotações mais baixas, e também quando vencem CPRs, empréstimos, etc… que forçam o ingresso do arroz verde nas indústrias, seja por contrato de compra e venda, seja por CPR ou por financiamento direto ou até por contratos de depósito. Isso reduz a ansiedade e a pressão da indústria sobre o mercado. É um efeito sazonal que poderia ser amenizado pela comercialização de gado gordo – ou reposições – ou da soja. No entanto, a colheita de soja em várzea – e mesmo em coxilha – tem apresentado baixa expectativa de produção por causa da seca que afetou todo o Estado.

EMBUCHAMENTO

Por seu lado, os produtores da Fronteira-Oeste, que começaram o plantio mais cedo e já colhem bom volume, denunciam que as indústrias estão “embuchando” o recebimento, isto é, reduziram o fluxo de entrada do arroz nas empresas, alongando as filas para até 40 ou 60 horas de espera, o que está encarecendo o frete para os agricultores. Se numa safra cheia não se via estes problemas, causa estranhamento que em São Borja, Itaqui e Uruguaiana as indústrias tenham tamanha dificuldade para receber apenas um percentual mínimo do produto no início da safra.

A leitura dos arrozeiros da região é de que a estratégia é para fazer parecer que há muita oferta do grão e acelerar a retração das cotações regionais.

A indústria regional nega, e informa que está recebendo com normalidade o produto e que o maior problema está em uma empresa de grande porte que modernizou seu sistema de armazenagem para agilizar o processo, mas os primeiros testes não deram o resultado esperado e o descarregamento está demorando mais que o normal. Este, segundo dirigentes industriais, seria o único parque industrial com travamento.

Fonte: ANÁLISE DE MERCADO – por Cleiton Evandro dos Santos – AgroDados – Planeta Arroz

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