Mercado do arroz abre em queda em abril
Depois de marcar uma alta substancial no início do ano e quase 4% em março, os preços do arroz abriram o mês de abril em queda. As indústrias da Zona Sul marcaram preços de abertura, em média, R$ 2,00 abaixo das cotações da última semana. A conjuntura de mercado é toda voltada, neste momento, a um enfraquecimento das cotações, exceto pelo posicionamento do arroz em não ofertar.
Vamos aos pontos: o avanço da colheita no RS e a projeção de uma safra com perdas mais baixas do que o previsto (concentradas na Fronteira Oeste) estimada para o estado, a ruptura dos preços internos com as cotações internacionais, o aumento das compras no Mercosul e as novas exportações de arroz em casca e beneficiado impraticáveis, são fatores preponderantes, mas o vencimento dos contratos de CPR´s e outras modalidades de financiamento e custeio ajudam a consolidar este cenário. Ou seja, o produtor, mesmo contra a vontade, tende a precisar ofertar um pouco mais de grão neste momento.
Sabendo que o abastecimento está garantido, e somando o suprimento interno em 10,5 milhões de toneladas, mais um milhão e meio de estoques de passagem e um milhão de importações – com baixa oferta de exportações no momento – indústria e varejo se mostram mais tranquilos com relação à temporada. Está claro que há perda de qualidade em um percentual dos grãos colhidos, acima do normal, mas ainda assim a expectativa é de que o “meio da colheita”, ou seja, aquelas frações colhidas o final do primeiro terço e o meio do terceiro terço das áreas, consolidem alta produtividade e bom rendimento industrial.
Ou seja, há perdas por áreas abandonadas ou por manejo ineficiente da irrigação por falta de água e há perdas produtivas e de qualidade por causa do clima, em especial pelo excesso de calor na época de floração de algumas variedades – Guri Inta CL e IRGA 431, por exemplo – mas, as variedades de ciclo mais longo (IRGA 424; BRS Pampa e híbridos, por exemplo) tiveram um bom desempenho produtivo e “escaparam” de danos maiores.
Nas áreas de soja e milho em várzeas, exceto danos pontuais, as produtividades foram boas, e isso ajudará a dar fôlego na renda geral das propriedades.
Dito tudo isso, o retrato do momento é de um suprimento mais tranquilo do que o esperado entre dezembro e fevereiro, para indústria e varejo, de que o Brasil precisa de preços competitivos – e isso seria em torno dos US$ 12,50 a US$ 13,00; que o câmbio atualmente não é favorável às exportações e está dando maior sustentação às importações e que o consumo se manterá estável. Assim, o grande risco é de o Brasil carregar sua produção e boa parte do estoque do Mercosul para o segundo semestre, e isso afetar as cotações e reproduzir, em parte, o cenário do segundo semestre de 2021.
A inversão da tendência natural – de preços mais baixos no primeiro semestre e mais altos no segundo – não é tão rara assim nos últimos anos, em função de muitos fatores como o câmbio, o fluxo e o volume de oferta, entre outros.
Desta maneira, embora parte dos produtores não gostem que se mencione, o setor entende com naturalidade o cenário de retração, que pode ser ainda mais afetado a depender da estimativa de safra prometida para esta semana pelo Irga.
Desta maneira as cotações, de maneira geral, oscilam entre R$ 73,00 e R$ 78,00 no Rio Grande do Sul, dependendo da praça de comercialização e se o valor é “a levantar” ou liquidação “a depósito”. No Porto, valor referencial de R$ 76,00, mas sem negociação efetiva, pois a preço final para fazer volume de exportações, seria necessário, com o câmbio atual, operar abaixo dos R$ 73,00, o que em algumas regiões, descontado o frete, representaria menos de R$ 68,00. E tem mais CDO (R$ 0,77) e Funrural (1,5%).
INDICADOR
O Indicador de Preços do Arroz em Casca no Rio Grande do Sul, Cepea/Irga-RS, marcou nesta quarta-feira R$ 75,39 de referência para a saca de 50 quilos, 58×10, à vista, voltando ao patamar de um mês atrás. Recuou 1,77% na semana/mês e, com a elevação pouco superior a 1% do dólar, ontem, agora é equivalente a US$ 15,97.
PREÇO AO CONSUMIDOR
Os preços ao consumidor, que haviam se fortalecido no final de março, também abriram a semana mostrando pequena retração, o que demonstra que o varejo está dificultando o repasse de valores pela indústria.
Fonte: ANÁLISE DE MERCADO – por Cleiton Evandro dos Santos – AgroDados – Planeta Arroz.
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