Tema central são esclarecimentos às informações correntes sobre eventuais gargalos no suprimento de arroz

Farsul, Federarroz e Fetag divulgaram no final da tarde desta segunda-feira uma nota oficial conjunta à sociedade brasileira onde trazem importantes esclarecimentos sobre o momento da comercialização do arroz no Brasil e refutam informações incorretas que circulam nos meios de comunicação e nas redes sociais. 

Acompanhe a íntegra do esclarecimento

NOTA CONJUNTA À SOCIEDADE BRASILEIRA

A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul – FARSUL, Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – FETAG-RS e Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul – FEDERARROZ, vêm a público, por meio de seus presidentes signatários, com objetivo de colaborar ao esclarecimento de informações acerca do andamento da safra e eventuais gargalos no suprimento de arroz, dizer que:

– considerando o histórico comportamento de preço do arroz em casca no momento da colheita e cotações fortalecidas em janeiro e fevereiro/2020, atacado e varejo finalizaram mês de fevereiro/2020 com estoques ajustados;

– considerando incremento superior a 4% na arrecadação da Taxa CDO do IRGA no mês de março, indicativo do escoamento/industrialização da produção do Rio Grande do Sul;

– considerando forte descapitalização do setor produtivo com necessidade de “realizar caixa” imediata;

– considerando a forte mudança na balança comercial do arroz, indicando queda nas exportações e aumento das importações;

– considerando que parcela importante da exportação é proveniente de subproduto do arroz, grão quebrado, e que não é consumido pela população brasileira;

– considerando quadro oficial de oferta e demanda da Conab ajustado;

Pode-se concluir que existem várias evidencias a comprovar que o movimento ascendente dos preços pagos aos produtores e, portanto, pelos consumidores, estão ligados meramente à conjuntura de mercado e sem excessos ligados a especulação ou exportação.

Acredita-se que o comportamento de preço fortalecido estará presente em todo o ano comercial de 2020/2021, pela redução da produção brasileira e cotações internacionais mais elevadas. Em novembro de 2019 entidades setoriais já haviam previsto e divulgado esse movimento de mercado, agravado em março pelo COVID-19.

As entidades de classe seguem recomendando aos produtores o faturamento escalonado, com objetivo de manter o mercado abastecido.

Por fim, destacamos a atuação profissional, pragmática, sensível, marcada pelo incansável diálogo e pela incansável busca de novos mercados para a agricultura do país, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.

Gedeão Pereira

Presidente Farsul

Carlos Joel da Silva