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Capivari do Sul, 18/04/2024
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Em avanço nominal recorde, arroz se aproxima do teto

por | jul 20, 2020 | Destaque, Notícias | 0 Comentários

Grão valorizou quase 50% em um ano e está a pouco menos de um dólar (R$ 5,25) de alcançar o seu recorde histórico com correções

A volta agressiva das indústrias, em especial aquelas de fora do Rio Grande do Sul, às compras de matéria-prima no mercado gaúcho turbinaram as cotações do arroz esta semana e os preços alcançaram referências muito próximas do seu recorde histórico corrigido, de R$ 69,95, segundo o Cepea/Esalq.

O indicador de preços da saca de 50 quilos do arroz em casca (58×10) bateu em R$ 64,70 nesta quinta-feira no Rio Grande do Sul, um recorde nominal, com o mercado bastante aquecido apesar das baixíssimas temperaturas – em alguns lugares negativas – deste inverno gaúcho. A valorização acumulada no mês é de 3,11% e pelo dólar do dia (R$ 5,32) a equivalência é de US$ 12,15, valor que se torna mais atraente para o produto paraguaio dirigido a São Paulo e Minas Gerais. Em um ano, a valorização do grão gaúcho anda próxima de 50%.

Os novos patamares estão sustentados por quatro fatores determinantes: o consumidor assimilou – ainda que não se saiba até quando – o novo patamar de preços do arroz, enquanto a pandemia do coronavírus alcança dois milhões de casos no Brasil, o varejo, apesar de alguma resistência pontual, tem aceitado o repasse dos custos da matéria-prima, a indústria opera com margens percentuais e está conseguindo remunerar o seu produto, e os agricultores que mantêm estoques são aqueles com maior produção e rentabilizados, que têm menor dependência das vendas no primeiro semestre. Estes estão com os compromissos financeiros até o início de setembro equalizados e esperam que a indústria avance no mercado para fazer posições.

Os pequenos produtores, em sua maioria, já negociaram o arroz que colheram, seja na liquidação das CPRs, seja para aproveitar os preços do primeiro semestre e enfrentar as contas – temendo que o segundo semestre não fosse tão bom.

Com medo de que o preço do produto dispare e a oferta seja ainda mais escassa, também por conta da boa exportação registrada nos cinco primeiros meses do ano safra, que pode beirar um milhão de toneladas, os industriais foram a campo, novamente, atrás de grão. E não há grande seletividade, ainda que alguns negócios de arroz acima de 60% de inteiros, de variedades nobres, tenham fechado acima de R$ 66,00 na região de Alegrete, na Fronteira Oeste, nos últimos dias.

Na Zona Sul os preços se mantiveram praticamente inalterados, com a referência de R$ 70,00 a R$ 72,00 no porto de Rio Grande, R$ 67,00 a R$ 68,00 em Camaquã e Pelotas, e R$ 65,00 na Fronteira Oeste (Uruguaiana, Itaqui), R$ 60,00 na Campanha (Dom Pedrito) e a mesma referência na Região Central (Cachoeira do Sul, Agudo e Rio Pardo), R$ 61,00 na região de Santa Maria, R$ 62 a R$ 63,00 no Litoral Norte.

A indústria mais voltada ao mercado externo mantém a preocupação com o desempenho da safra 19,5% maior dos Estados Unidos, e de sua oferta ao mercado internacional que nos afeta diretamente. O USDA, no entanto, projetou um crescimento de pouco mais de 150 mil toneladas em base casca para a nova temporada dos EUA, graças ao aumento do consumo interno e a decisão da cadeia produtiva local de manter um estoque mais alto.

MERCOSUL

No Mercosul a situação não é preocupante. O Paraguai tem cerca de 600 mil toneladas ainda para jogar no mercado, mas em sete meses, o que fica dentro de sua média de vendas ao Brasil, já o Uruguai alcançou 70% da nova safra – de 1,2 milhões de toneladas – negociada, e consome mais 55 mil toneladas internamente. Ou seja, sobram-lhe para negociar em sete meses apenas 300 mil toneladas da nova safra e mais algum residual dos estoques.

Apesar das tentativas de abertura do comércio e da indústria e de uma volta à normalidade, a extensão da pandemia segue mantendo o consumo brasileiro acima da média. As famílias ainda estão se reabastecendo, mesmo com o bom estoque formado com as compras de pânico, enquanto restaurantes e lanchonetes não voltam da mesma forma que antes, adequadas às regras sanitárias.

Apesar do momento, o Brasil passa a ser muito dependente, a partir de agora, do consumo para manter seus preços internos nos atuais patamares, bem como passa a depender mais do câmbio para assegurar exportações no segundo semestre, em especial para o grão em casca. Nesta semana dois barcos carregam para atender demanda da Costa Rica e da Nicarágua. O México não renovou pedidos e deve aguardar a entrada da safra norte-americana. O arroz em casca, que foi fundamental para o salto nas exportações, tem menor demanda com os mercados das Américas abastecidos pelo Mercosul, em especial Brasil e Uruguai, nos últimos três meses e meio, e o movimento no porto de Rio Grande é de carregamento de cargas já contratadas.

O arroz beneficiado e os quebrados devem tomar a dianteira dos negócios nos próximos meses, até que haja uma segunda onda de compras, que deve ocorrer no final de setembro, outubro, após os EUA entrarem no mercado. Será quando as cotações brasileiras e o câmbio serão testados novamente e sob maior pressão.

Setembro e outubro também são meses de finalização do pagamento dos custeios, créditos de comercialização, desembolso para a nova safra e quitação das renegociações de custeio e financiamentos para aquele grupo de produtores mais endividado e menos capitalizado.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica preços médios de R$ 65,00 para a saca de arroz em casca de 50 quilos (58×10) negociada no Rio Grande do Sul, com o produto branco, Tipo 1, em fardo de 60 quilos valendo R$ 148,00. Os quebrados estão mostrando a valorização do canjicão, ainda que a indústria indique 3 pontos de quebrados acima da safra passada, cotado a R$ 89,00. A maior oferta tem sido absorvida pela formação de cestas básicas com arroz dos tipos 2 e 3, e a disputa para a exportação. Neste aspecto, o desempenho dos negócios com quebrados ainda está um pouco abaixo do que se esperava nesta temporada, com alguns clientes africanos preferindo realizar compras na Ásia, apesar da qualidade inferior do produto daquela origem.

EXPORTAÇÕES

As exportações de arroz beneficiado seguem firmes, mesmo sem a presença de dois clientes tradicionais no mercado Sul Americano, que são o Irã (tradicional comprador de arroz branco da Argentina) e o Iraque (tradicional comprador do Uruguai e Argentina e, mais recentemente, do Brasil e do Paraguai). Para os próximos meses, cresce a preocupação com uma oscilação nos preços por causa de um provável recuo nas exportações locais – em especial do casca – e de uma estagnação no consumo. Fonte: ANÁLISE DE MERCADO – por Cleiton Evandro dos Santos – AgroDados – Planeta Arroz.

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