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Notícias

Demanda segue forçando a alta do arroz

por | mar 31, 2020 | Destaque, Notícias | 0 Comentários

Alta reflete a conjuntura de oferta e demanda e a concentração na demanda causada pela quarentena

O mercado brasileiro do arroz manteve-se com pressão pela alta dos preços devido à conjunção de fatores que começa pela safra menor, a colheita mais lenta e espaçada, ampliada por uma grande e concentrada demanda nos últimos 20 dias em função do aumento das compras pelos brasileiros devido à quarentena em prevenção ao Covid-19. “É um ano completamente atípico e de poucas certezas para o futuro. Não sabemos por quanto tempo mais isso irá perdurar, mas sabemos que quando terminar haverá uma ressaca neste mercado, ou seja, consumidores e supermercados estarão abastecidos e a comercialização deve travar”, avisa o analista de mercados de Planeta Arroz, Cleiton Evandro dos Santos.

Segundo ele, o cenário foi favorável às indústrias e aos produtores. “Veja, temos alta de preços da matéria-prima em pleno pico de colheita, e o varejo foi pego no contrapé, ou seja, as cadeias de atacado e varejo não tinham um grande estoque porque esperavam a colheita para comprar arroz na baixa das cotações. Se a safra menor já indicava que o preço da matéria-prima não seria tão baixo, a quarentena foi determinante para inverter a lógica da precificação que sempre partiu do varejo, e agora tem mais equilíbrio e participação dos outros elos da cadeia produtiva. É uma das raras vezes na história que o próprio arrozeiro está colocando preço no seu grão”, assegura.

Com baixo estoque e grande demanda, o varejo apressou-se a aceitar o repasse de preços. Informações da cadeia produtiva dão conta de que em 15 dias a indústria vendeu o equivalente a dois meses de produto negociado em um ano normal. E, apesar dos preços médios do pacote de cinco quilos, do arroz branco, Tipo 1, ter saltado da faixa dos R$ 14,00 para até R$ 20,00 – de média – no varejo, parte do custo ainda nem chegou ao consumidor. Por exemplo, algumas das maiores indústrias estão sendo obrigadas a pagar o frete de retorno de caminhões vazios (cerca de 2 mil reais em combustível e pedágios) para poder enviar novamente uma carga para o Brasil Central. Isso representa mais de R$ 2,00 por fardo que ainda vai chegar às gôndolas.

Se de um lado muitas pessoas relaxaram um pouco mais no final da semana passada em muitas cidades, considerando a ameaça um pouco menor do que o clima de pânico inicial, de outra parte o pagamento de salários, aposentadorias e pensões dos serviços públicos e privados fortaleceram as compras desde o dia 25. O pico de demanda deve se manter até o dia 10 de abril.

SAFRA

Enquanto isso a colheita gaúcha prossegue com avanços mais importantes. Estima-se que cerca de 55% da área esteja colhida, em especial na Fronteira-Oeste e Zona Sul. O vácuo deixado pelas dificuldades de plantio em outubro ainda mostra seus efeitos na descontinuidade das operações em diversas regiões. Além disso, muitos produtores da Fronteira-Oeste apontam a colheita de “manchas de arroz de baixo rendimento com muito arroz quebrador”, o chamado placar de basquete (44×24, 46×22). Como este mercado está em alta para exportação, pode ser que ajude nas vendas.

Já em termos de negociação arrozeiro x indústria, o que se nota são as indústrias sendo abastecidas por agricultores que pagam as CPRs em produto ou arroz a depósito. “Como falta uma parte importante da colheita a ser concluída, o agricultor que tem armazenagem própria está conseguindo barganhar preço. Há alguns dias vimos preços de R$ 57,00 pelo grão colocado no porto, mas sob condições muito especiais de disputa, ainda havia 20% a 25% somente da colheita no Sul do Estado – e o produto na mão de 12 a 15 grandes plantadores. Isso dá média de R$ 54,00 a R$ 55,00 livre na Zona Sul”, explica Santos.

Já o arroz beneficiado superou todas as marcas pela liquidez momentânea. O varejo comprando mais do que o normal – e exigindo prazos de entrega reduzidos e pagando por isso – gerou uma escalada de valorização que chegou à média de R$ 70,00 por fardo do branco, Tipo 1, na indústria gaúcha, e picos de R$ 92,00 para os tipos “extra, nobre, gourmet, etc… Notou-se também uma valorização – e aumento de mais de 50% na demanda do arroz arbóreo ou de culinária italiana – para risoto. Com a quarentena, aqueles consumidores que costumam experimentar um dia de cozinheiros “gourmet” em casa, optaram também por esta variedade.

EXPORTAÇÃO

A Line Up de Rio Grande mostrou pouca movimentação para o mercado externo em março, com destaque para 30 mil toneladas de quebrados e animals feed para um dos grandes portos de distribuição da Europa. Há três navios e meio – em carga – aguardando para serem embarcados na segunda quinzena de abril. Um já devia ter sido embarcado em dezembro para a Venezuela, com 25 mil toneladas, portanto está bem atrasado. Outros dois são para a América Central. Uma trading esteve no mercado cotando preços da matéria-prima, mas desistiu ao ofertar R$ 57,00 pelo produto posto no porto enquanto os ofertantes trabalhavam numa faixa de R$ 59,00 a R$ 60. Para esta semana espera-se novo avanço, uma vez que a oferta de grãos aumentou na Zona Sul.

CLIMA

Boa parte dos produtores já colheu o arroz e já começou a colher a soja. Os rendimentos nas zonas irrigadas são satisfatórios, até com algumas altas. Mas, em áreas que a seca afetou a situação é lastimável, com produtividades entre 10 e 12 sacas frente à expectativa de 40 a 50. Muitos açudes secos, rios e barragens com pouca água e o solo sem umidade para ser trabalhado. Muitos produtores aproveitaram a estiagem para preparar o solo para a pastagem ou o preparo antecipado para soja e arroz na próxima temporada. O que falta é uma chuva boa, que já é esperada para quinta-feira e sexta-feira, para o plantio das forragens e coberturas de inverno.

MERCADO 

O mercado quebrados segue com preços médios de R$ 80,00 para o canjicão, mas apresentou uma valorização de quase 7% para a quirera, agora cotada a R$ 68,00. Ambos em sacas de 60 quilos. Na semana o farelo de arroz valorizou R$ 10,00, para R$ 560,00 por tonelada, segundo a Corretora Mercado, de Porto Alegre. O saco de 60 quilos de arroz branco, Tipo 1, é cotado a R$ 120,00, sem ICMS, e o preço médio da saca de 50 quilos é R$ 51,50.

INDICADOR

O indicador de preços da saca (50kg) de arroz em casca (58×10) no Rio Grande do Sul, Esalq/Senar-RS, encerrou a segunda-feira, dia 30, indicando preços médios de R$ 51,40 e avanços nas seis regiões. A Zona Sul vem puxando as cotações, operando com valores acima de R$ 54,00 e picos de até R$ 57,00. Produtores mais rentabilizados e armazenadores têm posição mais cômoda e estão pedindo R$ 60,00 por saca. Mas, na média do estado, no mercado livre, Planeta Arroz identificou negociações até abaixo de R$ 50,00 na Região Central e na Campanha, em razão do valor do frete.

PREÇO AO CONSUMIDOR

 Acompanhando o restante dos elos da cadeia produtiva, o consumidor brasileiro está pagando mais caro pelo arroz. As altas variam de 10% até 40% dependendo da marca e da rede varejista. As cotações já vinham subindo em razão da menor oferta desde janeiro, mas a explosão de consumo em função da quarentena fez também os preços nas gôndolas subirem pelo elevador. Média de R$ 18,80 a R$ 20,00 na maioria das praças pesquisadas por Planeta Arroz. Fonte: ANÁLISE DE MERCADO – por Planeta Arroz.

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