Comércio global de arroz terá forte alta em 2021
De acordo com as últimas estimativas da FAO, a produção mundial de arroz em 2020 aumentou em 1,8% para 769,0 milhões de toneladas (510,6 milhões de toneladas base beneficiado). A produção asiática tem aumentado, principalmente devido à expansão das áreas de cultivo e melhores rendimentos na China e na Índia. Na Tailândia, a produção também melhorou, mas menos do que o esperado, devido à seca que afetou a segunda safra. Nos Estados Unidos, a safra cresceu 17% em relação ao ano anterior. Houve também uma recuperação parcial da produção na América Latina e no Caribe. Na África Subsaariana, a produção de arroz foi atingida por inundações no final do ciclo de cultivo, particularmente nas regiões ocidentais, permanecendo praticamente inalterada em comparação com a temporada anterior, o que deverá aumentar significativamente as necessidades de importação em 2021.
Em 2020, o comércio mundial cresceu 1,6% para 44,9 milhões de toneladas, contra 44,2 milhões de toneladas em 2019. As necessidades de importação foram maiores na América Latina e no Caribe devido a um pico no consumo de arroz. Em tempos de incerteza, ligados à pandemia da Covid-19, os consumidores tendem a aumentar suas compras para estoques. A Índia, o maior exportador do mundo, aumentou suas exportações em 50% graças a preços muito competitivos. Em contrapartida, as vendas tailandesas caíram 25%, registrando seu nível mais baixo dos últimos vinte anos. O Vietnã resistiu melhor à onda indiana, apresentando uma queda de apenas 4,5%, subindo para o segundo lugar no ranking mundial e ultrapassando a Tailândia pela primeira vez em sua história. As primeiras projeções para 2021 indicam uma recuperação significativa no comércio mundial de 8%, para 48,4 milhões de toneladas, ou seja, 3,5 milhões de toneladas a mais do que em 2020.
Espera-se uma forte demanda de importação dos países africanos, principalmente Nigéria, Costa do Marfim e Senegal. Os estoques finais mundiais de arroz em 2020 diminuíram em 2% para 181,9 milhões de toneladas, contra 185,5 milhões de toneladas em 2019. No entanto, permanecem em níveis confortáveis, representando 36% das necessidades mundiais de consumo. A China reduziu suas reservas, mas ainda são significativas, equivalentes a 70% do seu consumo anual. Além disso, espera-se que os estoques dos principais países exportadores aumentem ainda mais em 2020/2021 para 46 milhões de toneladas, ou seja, 30% dos estoques mundiais. Por outro lado, os estoques devem diminuir nos principais países importadores, especialmente nos países africanos. Fonte: Informativo Mercado Mundial Arroz Cirad Fevereiro/2021.
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