
Ministro da Casa Civil descarta securitização e agricultores seguem com protestos no RS

(Por Deni Zolin, Diário de Santa Maria) Apesar de inúmeros pontos de protestos de produtores rurais em rodovias da região e do Estado, que ocorrem há um mês, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou na terça, à Rádio Gaúcha, em Porto Alegre, que o projeto de securitização das dívidas não terá aval do governo. Costa ressaltou que essa pauta não está na agenda. A securitização inclui, entre outras medidas, um prazo de 20 anos para pagar as dívidas para evitar a quebradeira de agricultores e pecuaristas.
– Dívidas de agricultores e crises de secas, de estiagem, de enchente, nós temos há vários anos e em diferentes lugares do país. Estamos fazendo um debate grande sobre responsabilidade fiscal. Eu sei que todas as pessoas gostariam de ver todos os agricultores do Brasil com dívida paga com recursos públicos, mas isso não é possível porque a conta precisa ser rateada com todos os brasileiros. Quando você vai analisar, tem de analisar os pleitos do Brasil inteiro, não casos isolados. Ano passado tivemos estiagem no Centro-Oeste, temos secas recorrentes no Nordeste – afirmou o ministro, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Apesar disso, nesta quarta-feira (11), seguiam ocorrendo protestos de agricultores em cidades como São Gabriel, São Pedro do Sul e Venâncio Aires. O presidente do Sindicato Rural de São Gabriel, Pedro Brenner, diz que, a princípio, as manifestações irão seguir, com bloqueios temporários de Pare e Siga, de ao menos 10 minutos, em pontos como a BR-290.
– É um banho de água fria (a declaração do ministro), pois vamos seguir porque vemos que a única solução é via política, e hoje estamos nas mãos de políticos do Norte e Nordeste. O ministro é baiano, os presidentes do Senado e da Câmara são do Norte e Nordeste, e eles não veem a dificuldade dos agricultores gaúchos. Não há outra forma de chamar atenção deles a não ser que seja assim. Talvez mais para a frente o protesto vai esmorecer, pois todo mundo tem seus afazeres. A gente está agora no período de entressafra, mas logo ali, em julho ou agosto, quem puder começar a preparar o solo para a próxima safra, terá muito trabalho. Se bem que muita gente vai sair do mercado, pois está sem dinheiro e sem crédito, com quatro safras frustradas. Pessoal da Emater diz que temos prejuízo acumulado em São Gabriel de quase R$ 2 bilhões.
Brenner admite que bloqueios parciais de rodovias causam críticas de parte da população, mas pediu compreensão para a grave situação dos produtores, que pode impactar muito na economia inclusive de quem vive nas cidades.
– Há 4 anos, a gente não vem fazendo colheita. O que gostaria de salientar, principalmente ao pessoal da cidade: aqui, não estamos negando conta nenhuma. Todos querem pagar suas dívidas, só queremos saber como, porque quatro anos sem colheita, é desastroso para todos nós. É como uma loja de roupas na cidade, que fica quatro anos sem vender uma peça, como ela vai se sustentar? Então, o povo da cidade tem de se conscientizar de que esse movimento não é só nosso, é de todos os cidadãos. A grande maioria de nós, produtores, está sem crédito, sem dinheiro e sem produto, sem safra. O destino de quem está nessa situação é muito complicado. Não haverá uma safra posterior em 2025 e 2026 se não houver renegociação dessas dívidas, e isso reflete depois no comércio, porque a renda de cidades como São Gabriel está no campo – diz Brenner.
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