Contratos em Chicago despencam a menos de US$15,00
Os contratos futuros de arroz em casca na Bolsa de Chicago estão recuando à medida em que a boa colheita é confirmada e os investidores não conseguem traduzir nos papéis os valores do mercado físico
Depois de chegar a US$ 23,565 por quintal curto (cwt = 45,4kg) no mercado de futuros da Bolsa de Chicago, os contratos para julho do arroz em casca despencaram nos últimos 15 dias para abaixo de US$ 14,235. Nesta quinta-feira, feriado aqui no Brasil, os valores americanos para julho fecharam a US$ 14,563. Nesta sexta-feira abriram com leve valorização, a US$ 14,620.
De maneira geral os analistas norte-americanos entendem que a elevação dos preços futuros nos contratos do pico da entressafra está muito mais associada à especulação por parte de grandes fundos do que apenas a falta de oferta e o aumento da demanda. Com a retração das cotações de outras commodities, ainda que apenas numa fração dos contratos de milho e soja, por exemplo, o arroz tornou-se atrativo.
No entanto, com o andamento de boas condições de plantio e a previsão das primeiras colheitas já no final de julho, os contratos começaram a perder essa referência. Para setembro, os contratos fecharam nesta quinta-feira indicando valor de US$ 11,925 e US$ 11,785 para novembro.
“Esse comportamento já era esperado em função da baixa disponibilidade de oferta do produtor estadunidense, embora a indústria esteja abastecida para cumprir seus pedidos internacionais e assegurar o atendimento de seu mercado interno. O que os Estados Unidos têm de arroz, exceto pequenas exceções pontuais, já está vendido”, explica Cleiton Evandro dos Santos, analista da AgroDados Inteligência em Mercados de Arroz / Planeta Arroz.
Segundo ele, boa parte deste pico de preços na CBOT, acima de US$ 23,00 por quintal, decorreu não da real situação da cadeia arrozeira norte-americana, mas do movimento especulativo. “Um furacão que atinja a região, por exemplo, pode gerar oscilações e picos de alta, mas daqui pra frente a tendência é de os contratos de julho e de setembro se aproximarem em valor, acrescenta.
Ainda de acordo com Santos, os operadores dos Estados Unidos há muito tempo dizem que haveria essa elevação, mas os preços voltariam a patamares mais realistas no período de colheita. “A pandemia do Covid-19 aumentou o consumo interno e nos países que são tradicionais clientes do arroz dos EUA. E, ainda por cima, houve problemas logísticos e de transportes e suspensão das vendas na Ásia. Isso refletiu no comportamento não apenas do mercado, mas dos rentistas e investidores que buscaram as commodities que valorizaram, notadamente o trigo e o arroz, mesmo que com um volume de contratos muito inferior”, acrescenta.
O analista de Planeta Arroz ainda lembra que em análises publicadas em nosso site, já se falava deste “descolamento” dos preços dos contratos futuros no pico da entressafra dos Estados Unidos e da realidade das Américas. “Seria outra realidade se a previsão de safra norte-americana fosse menor, como nos últimos anos, se o plantio estivesse atrasado ou se o país que é o grande exportador fora da Ásia, não estivesse abastecido para dar conta de seus pedidos e da demanda doméstica”, observa.
Cleiton Evandro dos Santos aponta que os valores atualmente sinalizados demonstram que os Estados Unidos devem voltar com muita força ao mercado em agosto. “Em geral eles voltam antes, no final de junho já começam a tirar pedidos e concorrer diretamente com o Mercosul. Por enquanto com preços superiores. Precisamos manter um olho no dólar e outro no mercado interno para ver como vamos andar no segundo semestre”, afirmou. Para ele, o atual patamar do dólar torna os países do Mercosul mais agressivos no mercado externo. “A janela está ficando cada vez mais curta, pois o Conesul está se tornando mais competitivo e logo ali na frente vamos disputar clientes com os Estados Unidos em preços que podem não nos ser tão favoráveis como já foram”, acrescenta. Fonte: ANÁLISE DE MERCADO – por Patrícia Loss – GVC,
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